"Lembro um Flanboyant Vermelho". Essa é minha memória afetiva de hoje, quando completo mais uma primavera e me sinto florida, apesar de não ter filhos,
mas tenho conquistas, caminhos percorridos. Lembro de um grande Flabboyant no quintal das minhas memórias, no quintal da vida. Ele não existiu fisicamente nem no quintal de casa (sim, eu cresci em uma casa, e não num apartamento), nem nos campos dos sítios que já tivemos, mas ele existia nas estradas por onde passei (muitos ainda existem), no pátio da escola Gayoso e Almendra, lá no bairro Aeroporto. Lugar onde dei meus primeiros passos nas Letras(Aqui deve ter sido a origem da Dri Jornalista), lugar que também tenho boas lembranças, lembranças dos professores, da merenda feita por dona Maria Ferreira, da paçoca de amedoim, do cuidado da minha mãe com todos os alunos (sim, ela trabalhava lá, era a diretora). Lembro das histórias de muita gente (acho que vem daí meu jeito pra ouvir, meu lado Psi), inclusive das minhas e do meu vestidinho vermelho com uma enorme centopeia no peito onde se assentava meu corpinho curto e meus braços e pernas longas..hehehehe....lembro do cheiro daquele lugar, das favas do Flanboyant vermelho, de suas flores na primavera. Aliás eram vários Flanboyans no pátio em frente da escola...e eu os achava misteriosos, elegantes, grandiosos....na minha opinião essa é uma das árvores mais lindas que existem e assim acho que deve ser nossa vida, devemos faze-la bela, mesmo que existam espinhos, incompletudes...