Como prometido há algumas publicações cá estamos com as
dicas para uma viagem dos sonhos (ao menos dos meus) ao encantador Marrocos,
país da África que abriga muita beleza e cultura. A população por lá é composta 70% de árabes e 30% de bérberes. Quem apresenta o destino turístico é o nosso colaborador
Jefferson Lemos, através de fotos, e também, de um bate-papo que tivemos sobre
as suas dicas aos nossos leitores, que transformei nesse texto.
O viajante se concentrando para os clicks!!!
Mesquita Hassan II, em Casablanca
Ruínas da cidade de Volubilis (flor que se abre ao amanhecer) é da época da dominação romana
Torre da mesquita Koutoubia em Marrakech
A primeira dica que ele dá é a de que para aproveitar o Marrocos é preciso
mergulhar na cultura daquele povo e se perder para se achar. Poético, não?! Sou
suspeita para falar, porque esse é um dos destinos que sonho em conhecer, como sabem sou fã da música, da culinária e da cultura do mundo árabe de um
modo geral, como já falei em outros posts aqui no Tricô com Bossa. Então a
afirmativa de nosso colaborador é bem verdadeira para mim. Faz sentido se
perder no pitoresco para encontrar a cultural de cada lugar!
Segundo a experiência de Jefferson no roteiro que fez, o Marrocos é um país seguro exceto a cidade de Casablanca, onde há um risco maior de assaltos. No país, quase todos falam árabe e francês, mas alguns também falam espanhol, entretanto o inglês é o idioma do comércio e do turismo. A melhor época para viajar para lá é nos meses de novembro, dezembro e janeiro, pois nos outros é muito quente (lembrem-se: o país é em região de deserto).
As cidades mais interessantes para visitar são Casablanca, Volubilis, Meknes, Rabat, Fez e Marrakech, “E em cada uma visite a chamada medina – parte mais antiga da cidade e onde entramos em contato com o cotidiano do morador típico do Marrocos".
Curtume de Showara é o mais importante e faz parte do grupo dos mais antigos do mundo. Está localizado em Fez e sua construção data da fundação da cidade por volta do ano de 808 d.c. Ainda hoje se utiliza o método artesanal para a curtição (cal e fezes de pombo que são ricas em amônia) e tingimento do couro (usam pigmentos naturais como os de açafrão, amapola, hortelã)
Como regra geral nunca se deve andar com o Passaporte, pois perdê-lo ou ser roubado dá uma senhora dor de cabeça que pode estragar toda a viagem. "Passaporte é no cofre do hotel", ensina Jefferson.
Ele nos lembrou que no país
a maioria da população é muçulmana, mas há muitos judeus e uma minoria cristã
ortodoxa, que convive em harmonia, porém eles costumam casar dentro
do próprio grupo étnico e/ou religioso. “Existem bairros que de um lado da rua são todos muçulmanos e do outro judeus. Fazem negócios e as famílias convivem socialmente
numa boa”, pontua.
O povo marroquino é simpático e adora futebol, inclusive as mulheres. Os brasileiros são bem-vindos
Do lado das compras, a dica do viajante (e que nós mulheres
amamos) estão lenços, kaftans, especiarias, produtos medicinais, maquiagem e
perfumaria naturais. Entre os produtos famosos estão xampus e óleo de argan,
kajal e perfume em barra, chás - o mais tradicional é o de hortelã.
Os viajantes Sâmia e Jefferson nas compras. Na loja de confecção aprenderam como fazer o estilo bérbere na amarração dos lenços. Prontos para encarar o deserto!
Bérbere servindo o tradicional chá de hortelã
Ainda falando em compras, outra marca registrada é o artesanato
marroquino com peças em alpaca (uma liga de cobre, níquel e zinco linda e
altamente resistente ao fogo e à corrosão) “Mas cuidado com as imitações baratas made
in China. Estas não resistem ao primeiro inverno ou fogo. São bandejas, conjuntos
de chá , pratos, peças decorativas”, enumera.
A dança do ventre é um atrativo turístico (suspiros!), mas
ela só é apresentada nos hotéis, pois num país muçulmano, as bailarinas "chocam”. “A música
é uma beleza à parte e a dança folclórica é animada e com muitos gritos com a
língua como na novela o Clone, que teve como locação o Marrocos”, conta.
O único senão, na minha opinião, nessa foto é que as bailarinas marroquinas dançam calçadas assim como no Egito. Eu prefiro as que dançam desçalcas, como nós brasileiras
Já a base da alimentação é pão, arroz, lentilhas, verduras e o cordeiro. A carne de cordeiro com farofa e azeitona é o carro-chefe
em todas as mesas, juntamente com o cuscuz marroquino, que é preparado com grãos
de trigo do tipo duro (sêmola). Na mesa marroquina existem muitos refogados com carne e verduras, que são servidos com o cuscuz e compõe as famosas Tajines. O Marrocos é um grande produtor de cordeiros.